quarta-feira, 29 de novembro de 2017

# BARRA VELHA - SC – Belas praias junto à BR 101

Percorrendo a rota Sul - Sudeste pela BR 101 encontra-se a cidade de Barra Velha - SC, que foi colonizada pelos açorianos, tem aproximadamente 18 mil habitantes e está a 131 km de Florianópolis e a 49 km de Joinvile-SC. A cidade tem 20 km de orla com 8 praias: Praia do Grant, Praia de Itajuba, Praia Costão dos Náufragos, Praia da Península, Praia Central, Praia do Tabuleiro, Praia do Sol e Praia Pedras Brancas e Negras.

Av. Avelino José Borges - Barra Velha/SC (Foto: Google)

Praia do Tabuleiro, Praia do Sol e Praia Pedras Brancas e Negras – São praias interligadas. A primeira coisa que chama a atenção de quem passa por ali é constatar o privilégio de Barra Velha ter uma faixa de terra com praias paralelas a BR 101 e com início antes da entrada oficial da cidade. É belíssima a paisagem do mar, que quase encosta na BR em alguns trechos, com um costão urbano em linha reta por quase 7 km.

A partir da BR, entrando em qualquer rua no sentido orla, encontra-se a espetacular Av. Avelino José Borges: uma bela beira-mar (curiosamente muito estreita para ser uma avenida) com calçadão, ciclovia, coqueiros e bonitas casas residenciais. Mas apesar de bela, a avenida precisa ser melhor cuidada ao longo do trajeto, com obras de paisagismo, calçadas do lado residencial e comercial, um calçadão padronizado e alargamento da via.

No sentido sul-norte, a Av. Avelino José Borges tem início a partir da esquina com a Rua Rondônia no bairro Tabuleiro (em alguns pontos há escadarias para o acesso à praia) até se mesclar com a Av. Beira-Mar na bonita Praia Central, que também carece de melhores cuidados de paisagismo. Mas percebi que pela numeração dos casas a via tem início oficial após a Praia Central, no sentido inverso, ou seja: norte-sul.

Todo esse trecho é, ao meu ver, a cereja do bolo da cidade, mas parece um pouco inexplorada. Procuramos um lugar para almoçar (eu e esposa), mas somente há um restaurante na beira-mar.

Outro ponto positivo é que, junto a BR já se desenvolve um comércio local com lojas, bares, restaurantes e lanchonetes, o que melhora a infraestrutura próximo a uma praia urbana. Gostei muito desse trecho da cidade, até pelo fácil acesso de quem trafega pela BR 101, que serve, no mínimo, para um pequeno descanso de viagem.

Lagoa de Barra Velha e Praia da Península (Foto: Google)
Lagoa e Praia da Península - Vista final (Foto: Google)
A partir da Praia Central, no sentido norte-sul, começa a Praia da Península, na região da Lagoa de Barra Velha. Também junto a orla, formando um belo conjunto em linha reta até a chegada ao mar (barra) do Rio Itapucú. A via de acesso é a Rua Armando Pretelli, uma beira-mar parcial, sem pavimentação, com início na Av. Paraná e após uma rotatória (balão), em frente a uma pequena pracinha. 

BACR

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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

# FLORIANÓPOLIS – Praias de alguns bairros

Praia de Rio Tavares - Sul da Ilha - Florianópolis/SC (Foto: BACR)
Conheço Florianópolis desde 2003 e já retornei à cidade sete vezes, com longos períodos de estadia. É admirável a evolução no decurso dos anos em vários aspectos: crescimento populacional (principalmente de imigrantes nacionais e internacionais que um dia conheceram a cidade como turista), urbanização, revitalização do centro histórico e de alguns bairros, surgimento de novos, comércio forte, reforma de vias de acesso à cidade, aos bairros e às praias. Algumas delas já foram desertas um dia mas, atualmente, devido a explosão" para o turismo, não mais. Os moradores reclamam desse detalhe: o acolhimento ao turismo forte satura a cidade. Além disso, Floripa tem uma característica peculiar: a maioria dos bairros estão afastados do centro, ou uns dos outros, por grandes áreas com vegetação nativa.

As praias se subdividem basicamente em duas regiões: Norte da Ilha e Sul da Ilha. Considerando a expansão demográfica e o grande número de visitantes que querem desfrutar da cidade e das praias, os engarrafamentos de carros são constantes, algo impensável anteriormente. Pelo mesmo motivo, aconselho, antes de entrar no mar, se informar sobre a balneabilidade da água, pois há vários pontos impróprios para banho: acesse <<< http://www.fatma.sc.gov.br >>>. Há bastante campings na cidade e região. Dessa forma, observo que somente irei comentar sobre praias que de fato visitei: a Ilha tem mais de 100 praias mapeadas.

FOTOS – Em geral as fotos ilustrativas deste blog são de autoria do autor. Excepcionalmente, quando o autor não tiver fotos de boa qualidade do lugar comentado, utilizará fotos de outras fontes, citando-as. Caso essas fontes não concordem com a utilização de suas fotos neste blog, entrar em contato com o autor (BACR: veja e-mail no perfil), que imediatamente serão retiradas. 


Norte da Ilha

Praia de CACUPÉ – Cacupé significa “verde por trás do morro” em tupi-guarani. É o nome de um bairro tradicional (nobre) de Floripa com praia, há 18 km do centro. Tem boa infraestrutura, com avenida beira-mar (mas a nomenclatura correta é Estrada Haroldo Soares Glavan), bons restaurantes, residências classe média alta, condomínios e onde está o complexo turístico do SESC (ótimo custo-benefício). É uma praia que não se vê banhistas, utilizada mais para passeios no calçadão e com uma bela vista de Florianópolis do lado oposto à Baia Norte. Os locais, ou "manézinhos" como são carinhosamente chamados os nativos da Ilha, praticam pesca artesanal, inclusive à noite. É a terceira praia depois do centro no sentido Norte da Ilha (SC-401 – Rodovia José Carlos Daux), de mar calmo porque faz parte da Baia Norte como já citei. A primeira praia é João Paulo e a segunda é Saco Grande, bairros de classe média, mas não as visitei.

Praia de Cacupé (Foto: Google)
O viajante de primeira viagem deve ter muito cuidado para entrar no bairro Cacupé, pois não há muitas placas indicativas. O acesso é por um via marginal à direita da SC-401,  no Km 11,4, em frente à Speck Engenharia (fiz a citação somente como referência), segunda entrada depois de uma passarela ou pequeno viaduto, que lá se chama “elevado”. Seguir pela marginal até passar por baixo da SC-401, à esquerda, que dá início à Estrada Haroldo Soares Glavan. Na primeira vez é um pouco complicado mas, como toda Florianópolis, rapidinho fica fácil.


Praia de SANTO ANTONIO LISBOA e SAMBAQUI – Praias tradicionais de Florianópolis, há 20 km no centro, onde o destaque é a riqueza história do lugar colonizado pelos açorianos. O bairro é famoso pelo bares e restaurantes de comidas típicas e culinária de frutos do mar, além de uma arquitetura peculiar tombada pelo patrimônio público.

Praia de Santo Antônio Lisboa (Foto: Google)
Santo Antônio Lisboa - Arquitetura Açoriana (Foto: Google)

Praia de Sambaqui (Foto: Google)

Praia da DANIELA – Há 29 km do centro de Florianópolis, curiosamente o bairro de classe média “Daniela” tem esse nome devido a homenagem de um empresário do ramo imobiliário para a netinha na década de 70. Se caracteriza como um balneário misto planejado (loteamento), com residências, casas de veraneio (também por temporada), algumas pousadas e nenhum hotel. O comércio local é modesto e só há uma via de acesso, a SC-400, que bifurca com a SC-401 (atenção: vindo do centro pela SC-401 a entrada é à direita; há placas indicativas, e passa-se por um elevado). A praia é familiar, de mar calmo, de frente para a Baia de São Miguel, areia dura e há mangues em alguns trechos. Há bastante estacionamento e ruas largas. Quando chove várias ruas alagam, devido ao lençol freático alto. O acesso à praia é por pequenas trilhas pela vegetação de restinga, com areia fofa.

Praia da Daniela - Vista aérea (Foto: Google)

Praia da Daniela (Foto: Google)

Praia de JURERÊ – É a praia mais badalada de Florianópolis, há 27 km do centro. Pode-se acessar pelo mesmo caminho de Daniela (SC-400) ou mais na frente seguindo reto pela SC-401. Com 3,2 km de extensão e com uma pequenina faixa de areia, principalmente na maré alta, areia dura, branca (ou um poucos amarelada) e mar calmo, porque fica de frente para a Baía Marítima Quinta dos Ganchos.

Praia de Jurerê Internacional (Foto: Google)
Na alta temporada, devido a multidão de frequentadores, a praia fica quase intransitável. Há várias barracas de alvenaria com boa infraestrutura para os clientes, com passagens para a praia com deck de madeira, pela vegetação de restinga. Há banheiros públicos, mas o comércio local não é receptivo para àqueles que querem somente usar o wc e não consomem no estabelecimento (por serem particulares, são limpos). A dica é consumir qualquer coisa e ir ao banheiro depois.

Praia de Jurerê Tradicional (Foto: Google)
Também há um calçadão para caminhadas com ótima infraestrutura, o Passeio dos Namorados, muita arborização, bancos para descanso, sombras imensas, bom paisagismo que aproveita a vegetação nativa e muitos pássaros. O trânsito na alta temporada é pesado e requer cuidado redobrado. O bairro está dividido em dois status: Jurerê Tradicional (antiga colônia de pescadores e agricultores) e Jurerê Internacional (antiga Praia da Ponta Grossa). No extremo à esquerda, há a Fortaleza de São José da Ponta Grossa. A parte “internacional” é uma área de loteamento e casas de alto padrão, com excelente urbanização e comércio forte, muito arborizada e com ruas amplas e largas avenidas. Há muitos hotéis, pousadas, shopping a céu aberto e um camping (se não me engano) bastante disputado. É comum ver carros também de alto padrão transitando ou estacionados em frente às casas o que, para mim, é uma ostentação desnecessária. Da praia vemos barcos, lanchas, veleiros e iates cruzando ou ancorados no mar de Jurerê. Há casas de festas no lugar que, quando funcionam, aumentam consideravelmente o trânsito, o barulho e o lixo nas ruas.


Praia dos INGLESES – Há 36 km do centro de Florianópolis (SC-401, entrar à direita na SC-403 a partir de Vargem de Fora, há placas indicativas), também é chamada pelos nativos de Praia da Zinga. É extensa (aproximadamente 5 km), plana, de areia dura, mar aberto e muito urbana. A qualidade da água do mar é crítica, pois há muitas águas pluviais e riachinhos que chegam ao mar. É necessário verificar a balneabilidade da água no dia, para entrar com tranquilidade no mar. No extremo à direita, há chegada de barcos de pesca, um morro e um pontão com arte ruprestre. A vida noturna é intensa, com comércio nas calçadas, música ao vivo, lojinhas, bares, pizzarias e restaurantes. As ruas são estreitas e, quando chove, em alguns trechos alagam. No extremo à esquerda faz fronteira com a Praia Brava, point de surf. Há acesso para a Praia Cachoeira do Bom Jesus. A partir daí, à esquerda vai para a Praia de Canasvieiras e, à direita, para a Praia de Ponta das Canas (onde há um belo mirante) e em seguida à Praia da Lagoinha.

Praia dos Ingleses (Foto: Google)

Praia CACHOEIRA DO BOM JESUS – O bairro deu nome à praia e é tipicamente frequentada por moradores, mas há muitas pousadas, casas residenciais e também casas de veraneio e kitnets por temporada. Na verdade, essa é uma região do Norte da Ilha com três praias juntas, que formam uma grande enseada de mar aberto composta por Canasvieiras, Cachoeira do Bom Jesus, Ponta das Canas e Lagoinha, nesta sequência da esquerda para a direita.

Praia Cachoeira do Bom Jesus (Foto: Google)

Praia de CANASVIEIRAS – Tem as mesmas características da Praia dos Ingleses, com 2,2 km de extensão com areia larga, mar aberto e de certa forma calmo, muita urbanização com inúmeras pousadas, pequenos hotéis, residências e casas de temporada, condomínios de apartamentos, bares e restaurantes de várias nacionalidades e brasileiros. Há bom acesso ao mar, ao final de ruas e vielas. Há bastante estacionamento. Assim como toda a região ali, é muito frequentada principalmente por hermanos, tendo como atrativo as diversas opções de hospedagens por temporada. É uma boa praia, nesse sentido.

Praia de Canasvieiras (Foto: Google)

Praia PONTA DAS CANAS – Praia da classe média e classe média alta de Floripa, bem privativa, frenquentada basicamente pela comunidade local e alguns visitantes. Apesar do mar aberto, é calmo na maré baixa e de areia larga, boa para caminhadas e práticas de esporte na areia. Antes de chegar na praia há um mirante com bela vista panorâmica. A praia é familiar, mas percebe-se alguns enamorados aproveitando a privacidade do lugar, principalmente no final de tarde. Bem, estive por lá duas vezes e, ao meu ver, isso é comum em quase a totalidade das praias brasileiras. É uma ótima praia, com boa infraestrutura de pousadas, hotéis e casas de veraneio. Acho mesmo que foi somente uma coincidência. Como fiquei incomodado, fui para outra praia.

Praia de Ponta das Canas (Foto: Google)


Sul da Ilha

Praia do CAMPECHE – A origem do nome vem de ”pau-campeche”, uma planta medicinal que também serve como tintura, a exemplo do pau-brasil, mas há uma controvérsia sobre o verdadeiro significado da palavra campeche.  Outra versão é que o bairro foi batizado com esse nome em homenagem ao aviador francês e escritor Antoine de Saint-Exupèry, que descansava ali na década de 1920 quando fazia o correio aéreo na rota Paris - Buenos Aires. Deve-se ter atenção com o trânsito intenso. Na alta temporada a melhor opção são os estacionamentos pagos.

Praia do Campeche - Vista aérea (Foto: Google)
O bairro Campeche é de classe média e está aproximadamente a 32 km do centro de Floripa, no sentido contrário ao aeroporto, com acesso pela SC-405 e depois pela Av. Pequeno Príncipe que termina na entrada principal da Praia do Campeche, com uma pequena rotatória (balão).

Praia do Campeche (Foto: Google)
Praia do Campeche - Vista da Ilha do Campeche (Foto: Google)
É uma bela praia do Sul da Ilha, e a mais parecida com praias brasileiras nordestinas: larga, com areia branca e mar límpido com água fria (neste aspecto não parece). É familiar e um dos principais points de Floripa. Há uma linda vista para a Ilha do Campeche, um atrativo à parte, que pode ser visitada com serviço de traslado realizado por pequenos barcos e botes. Uns riachinhos atravessam o bairro e chegam ao mar suavemente. Como toda praia urbana, devemos nos informar sobre a balneabilidade da água do mar para banhos. Também deve-se ter cuidado com as correntezas, é uma praia de mar aberto. A vegetação é rasteira, por isso não há árvores  e nem sombras para escapar do sol forte, outro detalhe que não parece com as praias nordestinas. A melhor opção é levar guarda sol, barraca ou gazebo.

Praia do Campeche - Entrada principal (Foto: Google)
A entrada principal da praia poderia ser mais estruturada, até pela importância e fama do lugar. Não tem avenida beira-mar e há poucos bares e restaurantes na área da entrada da praia e redondezas. Há muitas pousadas no bairro e pequenos hotéis, mas é melhor garantir reserva para a alta temporada. Como viajei de carro da última vez e cheguei no início da noite, tive dificuldade de encontrar hospedagem no momento da chegada. Há campings.


Praia de RIO TAVARES – Vizinha à Praia do Campeche, é só seguir reto pela SC-405 no sentido Norte da Ilha, e dobrar à direita para a SC-406, que corta o bairro Rio Tavares. A praia é quase privativa, frequentada mais por moradores e um pouco deserta, com areia fofa e água às vezes morna quando o sol está a pino. O bairro foi revitalizado mas, em geral, as ruas de acesso à praia são de cascalho ou areia batida. Há um morro de areia fofa para se transpor e chegar à praia, por trilhas com vegetação de restinga. As vistas são panorâmicas e a praia é ótima para descansar com privacidade, praticar surf e katesurf, devido os ventos fortes. Não há sombras, deve-se levar material de praia (barraca, guarda sol etc). Raramente há comércio ambulante.

Praia de Rio Tavares (Foto: BACR)

Lagoa da Conceição – Não é praia, claro, mas merece destaque aqui. A partir de Rio Tavares, seguindo a SC-406 chega-se à Lagoa da Conceição, que é relativamente grande e subdividida em duas regiões (Lagoa de Dentro e Lagoa de Fora). O bairro é famoso e um dos points de Floripa, pela beleza estonteante do lugar. Há muitas opções de hospedagens, campings, comércio forte e a prática de iatismo e competições aquáticas. Ver a balneabilidade da água no dia da visita mas, em geral, vê-se banhistas.

Lagoa da Conceição (Foto: Google)
Seguindo as placas indicativas pela SC-406, chega-se à Praia da Joaquina (point mundial de surf). Há um morro que dá acesso ao mar, com outras pequenas trilhas. Também há a opção de passar for fora dessa praia (siga as placas), contornando a Lagoa da Conceição no sentido Norte da Ilha em duas direções: à direita, acessar a SC-406 e chega-se à Praia Mole (point de surf), Praia da Barra da Lagoa, Praia de Moçambique (antiga colônia de pescadores e bairro de mesmo nome que está em processo de revitalização. Moçambique é, além disso, a maior praia de Floripa em extensão com quase 8 km). Mais adiante chega-se ao Costão do Santinho, no extremo norte.

Da Lagoa da Conceição, à esquerda segue-se pela SC-403, atravessando uma pequena ponte, que também dá acesso ao Norte da Ilha, mas por dentro do bairro Rio Vermelho até Ingleses. Fiz os dois trajetos, que nos dá uma ideia melhor da realidade local, fora do olho do turista.


Praia PÂNTANO DO SUL – Aproximadamente a 27 km do centro de Floripa, é uma das praias do extremo sul da Ilha, juntamente com as praias da Armação, Lagoinha Leste, Solidão, Naufragados, Caieira, Tapera e Caiacanga. A Lagoa do Peri também fica nessa região. A praia Pântano do Sul é familiar, de mar aberto e água fria, com larga faixa de areia dura e com uma razoável infraestrutura: casas de classe média e classe média alta, bares, restaurantes e boa urbanização. Há escadarias que dá acesso à praia e estacionamentos.

Praia Pântano do Sul (Foto: Google)
BACR

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sábado, 25 de novembro de 2017

# PENÍNSULA DE MARAÚ - BA: A polinésia baiana

Praia do Mutá - Barra Grande - Península de Maraú/BA (Fotos: BACR)
A Península de Maraú na Bahia/BR faz parte da chamada Costa do Dendê, juntamente com as cidades de Itacaré, Camamu e Cairu. É considerada por muitos como a "Polinésia Baiana" e de fato impressiona pelas belezas naturais que compõe a combinação praias, matas e mar grande com água quente e bancos de corais. Basicamente é um lugar para descansar, mas quem quiser agito encontra. Em geral é um cantinho para descansar, se deliciar com as belas praias, em sua maioria desertas. Há boa infraestrutura de pousadas, dois campings, casas de veraneio por temporada, alguns hotéis e até resorts com aeródromo/heliporto e um posto de gasolina.

Escolhi Barra Grande para passar alguns dias, que é um dos povoados mais visitados de Maraú, com admiráveis ruas de areia. Curiosamente muitas delas não são planas, mas com trechos abaulados, côncavos, devido ao trânsito de veículos que somem nas "crateras" em um movimento de vai e vem e sobe e desce, como se fosse um tobogã gigante. Eu não quis circular muito de carro, exatamente por isso, só o necessário para conhecer o lugar e fazer compras básicas de mantimentos no comércio local. Não aconselho tráfego de trailer não off road devido a esse "fenômeno", além da areia fofa ser a característica do lugar.

BA-030 - Estrada de acesso à Barra Grande e Maraú (Foto: Google)
O acesso que fiz à Barra Grande foi em uma estrada de chão (BR-030). A partir de Ilhéus, no sentido Itacaré-Camamu (BR-001), dobrar à direita no cruzamento das BR no Km 19. A partir daí, são 50 km até Barra Grande. A estrada é basicamente para 4x4, mas carro de passeio também trafega ... sofrendo.

Ao chegar na orla de Barra Grande o viajante será bem recompensado com as maravilhas naturais do lugar: chegada do Rio Orojo ao mar, praias boas para caminhadas, desertas, coqueirais e a imensidão do mar. Além disso, piscinas naturais na maré baixa, com águas límpidas entre os recifes, ou seja, a “polinésia”. Na alta, é melhor ficar na areia da praia, devido ao mar forte e correntezas.

Praia do Mutá (maré baixa) - Piscinas naturais entre os bancos de corais - Vista Norte
Praia do Mutá (maré baixa) - Piscinas naturais entre os bancos de corais - Vista Sul

Praia do Mutá - Piscinas naturais entre os bancos de corais (a banhista está em pé).
Fiquei hospedado na Ponta do Mutá, no extremo norte da península, em uma pousada pé na areia com conforto razoável e um bom atendimento. O silêncio é uma dádiva. Uma das desvantagens foi a maré alta na parte da tarde, que avança muito na praia e quase não permite caminhadas e nem banhos tranquilos. À noite, se não quiser os agitos em bares e restaurantes em Barra Grande, o melhor são as piscinas das pousadas, casas e hotéis.

BACR

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sexta-feira, 24 de novembro de 2017

# Blog PERCURSO-BR - Viagens e outras viagens #

Breve comentário sobre o título do blog

Começando pelo significado da palavra, entre outros conceitos percurso é sinônimo de caminho. Não somente no sentido geográfico, essa palavra também significa trajetória. Os dois termos se completam, derivando o que chamamos de vida. E viver a vida? Nada mais é do percorrer a nossa trajetória, ou uma trajetória comum, que nos geram experiências. Bem, como já estou filosofando ... vamos ao que interessa: VIAJAR ! E viajar para praias é a minha preferência, que não anula absolutamente outras rotas. Desbravar é viver!

Viajar, para algumas pessoas (e eu estou incluso entre elas), é uma maneira de viver: conhecer lugares e pessoas. Isso é fundamental, imprescindível, para que possamos ampliar a nossa visão de mundo e crescermos como indivíduos. É uma ação que nos leva a viver com satisfação e uma ferramenta que nos faz evoluir. Sabemos que existem vários tipos de viagens mas, mesmo aquelas que poderiam ser até indesejadas, por obrigações de trabalho, por exemplo, podemos tirar proveito positivo.

Mas o foco deste blog são as viagens por hobby que, em última instância, se torna uma filosofia de vida. Pretendo, além de postar textos de minha autoria, postar também relatos de outras pessoas que nos transportam para suas experiências e, em suma, nos ensinam a viver melhor. Nesse contexto, também indicarei algumas fontes (sites, blogs etc) no intuito de enriquecer o texto e auxiliar o leitor com informações adicionais.

Por fim, o BR ligado ao nome é a sigla do nosso querido e lindo BRASIL!!! Sinônimo de Pátria e estrada ...

BACR

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PLANO DE FUNDO: Pôr do sol na orla do Lago Paranoá. Área de lazer da Ponte JK - Brasília/DF. (Foto: BACR)